Martin Luther King |
Martin Luther King tinha um sonho. "I have a dream" é sua frase mais famosa. Contra todos os prognósticos, ele iniciou a luta contra o racismo nos Estados Unidos, numa época em que os negros, em alguns estados, nem podiam se sentar nos ônibus que pagavam para ir ao trabalho, por exemplo. Décadas depois do sonho de Martin Luther King, o presidente dos Estados Unidos é Barack Obama, negro com todo orgulho e sem preconceito. No Brasil, no ano passado e em 2009, quase 2 milhões de brasileiros tiveram um sonho: as pessoas que subscreveram o projeto de iniciativa popular que exige ficha limpa para os candidatos a cargos públicos, tanto no Poder Executivo quanto no Legislativo.
Esta semana, este sonho pode virar um pesadelo. O Supremo Tribunal Federal julga amanhã um processo que vai definir se a exigência de ficha limpa vale para as eleições do ano passado ou se só valerá para os políticos que forem sentenciados a partir da sanção da lei. O parecer do Ministério Público entende que a exigência de um currículo limpo já está em vigor, mesmo que o candidato tenha sido condenado por um colegiado antes de a lei entrar em vigor.
Se haverá retroatividade ou não, pouco importa. Haverá retrocesso, se o desejo popular não for admitido para as eleições do ano passado, permitindo, por exemplo, que Jáder Barbalho (PMDB-PA) entre outros, consiga voltar ao Senado, apesar de seu currículo invejável e das condenações que já teve por malversação do erário.
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