Deputado Eduardo Cunha |
Um importante projeto de lei para a sociedade brasileira, o Estatuto das Famílias, que normatiza e reconhece deveres e direitos dos diferentes tipos contemporâneos de relações da convivência familiar no país, enfrenta uma verdadeira queda de braço na Câmara dos Deputados, onde está parado. Uma estratégia da bancada evangélica impediu que o Projeto de Lei 674/2007 seguisse para o Senado, depois de ser aprovado em duas comissões da Casa – a Seguridade Social e Constituição e Justiça, em dezembro. Foram apresentados três recursos que, agora, obrigam a votação em plenário. Entre os autores do pedido de suspensão da tramitação está o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), que chamou o conjunto de normas de “estatuto antifamília”. Segundo ele, que comanda um grupo de pelo menos outros 20 deputados, um de seus artigos institui a poligamia, ao gerar direito para uma relação extraconjugal. Defensores do projeto tentam barrar os recursos.
Relembre o caso
A proposta original do Ficha Limpa, do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que recebeu mais de 1,6 milhão de assinaturas, previa a proibição de candidatura para quem fosse condenado em primeira instância, mas uma proposta do deputado ‘evangélico’ Eduardo Cunha (Rio) poderia alterar o texto original, retirando a possibilidade de se proibir a candidatura de quem foi condenado em decisão colegiada. Desta forma, pela proposta do deputado Eduardo Cunha, valeria a regra atual de que somente quem é condenado em última instância não pode se candidatar. Na hora da votação o deputado Eduardo Cunha voltou atrás e votou favoravelmente pela proposta original, talvez temendo uma enorme repercussão negativa para ele.
O deputado, que se diz evangélico, tem um programa diário na Rádio FM Melodia (Rio), de segunda a sexta-feira, intitulado (acreditem!) ‘o povo merece respeito‘.
O deputado Eduardo Cunha deveria ter vergonha de ir aos microfones da Rádio Melodia e dizer, diariamente, o jargão ‘afinal de contas, o nosso povo merece respeito‘. Ele é quem deveria respeitar o povo, diante de sua atitude descabida.
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