O Brasil, quem diria, é uma das novas vedetes da precoce campanha eleitoral nos Estados Unidos. Precoce, porque o presidente Barack Obama já lançou a sua candidatura à reeleição na segunda-feira. E, é claro, foi bombardeado pelos republicanos. A presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e até a camisa da Seleção Brasileira de Futebol foram parar em vídeo do YouTube, postado pelo Comitê Nacional Republicano. O problema, o anúncio de Obama, em sua passagem pelo Brasil, de que os EUA pretendem comprar petróleo do pré-sal brasileiro. A queixa é a promessa dos norte-americanos de reduzirem a emissão de gás carbônico, por causa da camada de ozônio. A declaração de Obama seria uma contradição.
O ataque dos republicanos repete trechos de discurso de Obama sobre petróleo brasileiro, mas ignora sua mais recente declaração sobre Brasil. Em discurso na quarta-feira passada, o presidente norte-americano falou da meta de cortar em um terço as importações de petróleo. O exemplo foi brasileiro: “Se alguém duvida do potencial desse combustível, veja o Brasil. Mais da metade, a metade, dos veículos no Brasil rodam com biocombustíveis”. Mesmo usando o exemplo brasileiro, Obama voltou a dizer que fará parceria para a exploração do petróleo do pré-sal. É claro que ele não vai abrir mão de ter alternativa ao petróleo do mundo árabe, ainda mais agora, que ele anda tão conturbado.
A presença do Brasil na campanha eleitoral norte-americana, por outro lado, revela que o país está mesmo em um patamar mais elevado na política internacional. Já não é mais a Argentina, aquele país grande da América do Sul que tantos confundiram. O Brasil agora é o Brasil de Obama. Eu era feliz e não sabia...
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