Com a crise do DEM, que deixou de lado a Frente Liberal de sua origem, a direita ficou órfã no Brasil. Antes, o PDS mudou de nome para PPB e agora é o PP. Tudo porque ninguém quer ser identificado como político conservador. Pois é. Quase ninguém. Vem aí o PMB. Pelo menos, há uma tentativa de criação do Partido Militar Brasileiro. É isso mesmo. O estatuto da nova legenda foi publicado ontem no Diário Oficial da União. Entre a carta de intenções e a formalização do partido há uma grande distância. Há centenas de milhares de assinaturas de eleitores a serem recolhidas, por exemplo. Mas não deixa de ser curioso.
O Brasil tem uma espécie de trauma com a sua democracia ainda jovem. São pouco mais de 25 anos, se levarmos em conta a eleição de Tancredo Neves em janeiro de 1985. E olha que foi no colégio eleitoral. A rigor, o período deveria ser contado a partir de 1989, com a primeira eleição direta para presidente desde 1964, que levou Fernando Collor de Mello ao Palácio do Planalto. E deu no que deu. Só que o Brasil mostrou maturidade, Itamar Franco assumiu e a tranquilidade institucional foi mantida. Vieram depois Fernando Henrique Cardoso e Lula e as questões econômicas falaram mais alto. Agora, quem diria, é a vez de a ex-guerrilheira Dilma Rousseff estar na Presidência da República.
Por isso, é importante que a direita também mostre a sua cara. Ela está presente, às claras, nas maiores democracias do mundo. Le Pen, na França, chega a dar calor às eleições. Por aqui, é ver se Jair Bolsonaro (PP-RJ) vai para o novo partido e se vai convidar o ativista gay e ex-BBB Jean Willys (PSOL-RJ) para acompanhá-lo. Ou seria democracia demais para o PMB?
Curioso mesmo! PMB... Sou do tempo em que quem se escondia era a esquerda...
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