Os Estados Unidos enfrentam a pior crise econômica de sua história porque os republicanos mais radicais se recusam a fechar um acordo de corte de gastos com o presidente democrata Barack Obama. Esticam a corda mais do que seria prudente, de olho nas eleições presidenciais do ano que vem. Querem voltar à Casa Branca à custa de pôr em risco a economia mundial. Afinal, será que a bancarrota norte-americana não chega antes da eleição? Aí, basta um aventureiro – e lá é possível lançar candidaturas avulsas – para romper séculos de alternância entre as duas maiores forças políticas dos EUA. Mas o que tem a ver a política norte-americana com a política tupiniquim? Nada, porque, por aqui, há coisas mais importantes para serem debatidas pelos republicanos, ops, pelos tucanos e democratas, a oposição de Dilma Rousseff.
E sabe qual é o assunto do momento na opinião da oposição? O fato de o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ter declarado que votou em José Serra na eleição presidencial de outubro do ano passado. Líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Duarte Nogueira (SP) apressou-se em dizer que mais ministros devem ter votado em Serra e não em Dilma. Fez questão de ressalvar que seriam políticos de outros partidos, não do PT. E daí? Que diferença isso faz? O mundo político vai desabar por causa disso? Ora, nem mesmo Jobim deve perder o cargo por causa de seu voto. Faria muito mal à democracia.
O que o fato revela é a falta de rumo da oposição. Além de pedir CPI para o caso do Ministério dos Transportes, de comemorar que o Ministério Público vai investigar o patrimônio do ex-ministro Antonio Palocci e de tentar convocar essa ou aquela autoridade, o que mais ela faz? Conta as baixas que está tendo para o PSD, novo partido em fase final de gestação, e assiste aos índices de popularidade de Dilma.
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