As drogas constituem problema grave, ameaça a crianças e jovens, vetor gravíssimo de dano à saúde, à família e à sociedade |
Os promotores da liberalização do consumo de drogas abordam o tema por dois ângulos. O central é a defesa da liberdade individual. O segundo é a busca de abordagem mais flexível para algo que supostamente não pode ser evitado: a busca humana por substâncias-muleta para o espírito.
Mais recentemente, diante da recusa popular às ideias liberalizantes, políticos engajados nessa trip organizaram certo recuo tático. É uma nova fase, mascarada, no proselitismo. Agora, o melhor combate à epidemia das drogas será reduzir a dureza das punições e dar prioridade ao tratamento e ao desestímulo, para o usuário deixar de sê-lo.
É a legalização benevolente e limpinha. Como se não houvesse consenso absoluto para a necessidade de ajudar as vítimas do mal. Como se houvesse antagonismo entre combater o vício e ajudar quem nele vai mergulhado.
Notei outro dia a assimetria argumentativa quanto a certos valores. Dei o exemplo do contraste entre duas formas de olhar o direito à vida. A vida das plantas e animais merece engajamento irrestrito. Corta uma árvore para ver o que te acontece.
Já a vida do embrião ou feto humano deve estar, segundo esse viés, submetida ao livre arbítrio da mulher que carrega o novo ser, em nome da liberdade irrestrita de a mulher decidir o que fazer com o próprio corpo. Ainda que o embrião ou feto não faça parte do corpo materno. Ela apenas o abriga.
São discussões complexas, mobilizam convicções religiosas e filosóficas profundas, e precisam ser tratadas com os devidos respeito e seriedade.
Nenhum segmento social deve ser excluído. Na última campanha eleitoral, por exemplo, causou espécie aos autonomeados modernos que igrejas se mobilizassem contra a legalização do aborto.
Para certos democratas, a defesa do direito a abortar é legítima bandeira político-eleitoral, ensejando inclusive o lançamento de organizações para a promoção da tese. Mas quem se opõe deve ficar calado, pois representa o “atraso”. São democratas mesmo, como se vê. Compreendem a expressão “fazer o debate” como sinônima de “suprimir a opinião contrária”.
Nas drogas é algo parecido. É evidente que elas são problema grave, ameaça a crianças e jovens, vetor gravíssimo de dano à saúde, à família, à sociedade. Mas há um segmento social convencido de que, neste caso, sua própria liberdade de escolha deve estar acima do interesse social. Mas só neste caso, claro.
E volta a guerra do “avanço” contra o “atraso”.
Mais recentemente, diante da recusa popular às ideias liberalizantes, políticos engajados nessa trip organizaram certo recuo tático. É uma nova fase, mascarada, no proselitismo. Agora, o melhor combate à epidemia das drogas será reduzir a dureza das punições e dar prioridade ao tratamento e ao desestímulo, para o usuário deixar de sê-lo.
É a legalização benevolente e limpinha. Como se não houvesse consenso absoluto para a necessidade de ajudar as vítimas do mal. Como se houvesse antagonismo entre combater o vício e ajudar quem nele vai mergulhado.
Notei outro dia a assimetria argumentativa quanto a certos valores. Dei o exemplo do contraste entre duas formas de olhar o direito à vida. A vida das plantas e animais merece engajamento irrestrito. Corta uma árvore para ver o que te acontece.
Já a vida do embrião ou feto humano deve estar, segundo esse viés, submetida ao livre arbítrio da mulher que carrega o novo ser, em nome da liberdade irrestrita de a mulher decidir o que fazer com o próprio corpo. Ainda que o embrião ou feto não faça parte do corpo materno. Ela apenas o abriga.
São discussões complexas, mobilizam convicções religiosas e filosóficas profundas, e precisam ser tratadas com os devidos respeito e seriedade.
Nenhum segmento social deve ser excluído. Na última campanha eleitoral, por exemplo, causou espécie aos autonomeados modernos que igrejas se mobilizassem contra a legalização do aborto.
Para certos democratas, a defesa do direito a abortar é legítima bandeira político-eleitoral, ensejando inclusive o lançamento de organizações para a promoção da tese. Mas quem se opõe deve ficar calado, pois representa o “atraso”. São democratas mesmo, como se vê. Compreendem a expressão “fazer o debate” como sinônima de “suprimir a opinião contrária”.
Nas drogas é algo parecido. É evidente que elas são problema grave, ameaça a crianças e jovens, vetor gravíssimo de dano à saúde, à família, à sociedade. Mas há um segmento social convencido de que, neste caso, sua própria liberdade de escolha deve estar acima do interesse social. Mas só neste caso, claro.
E volta a guerra do “avanço” contra o “atraso”.
CARO EDUARDO
ResponderExcluirASSUNTOS DIFÍCEIS QUE NÃO PODEM SER LEVADOS COMO BRINCADEIRA DE CRIANÇA E FEITO NAS COXAS.
Marisa Cruz
O "teu" governo tem um política de "redução de danos" tão eficiente quanto deixar a raposa para cuidar do galinheiro.
ResponderExcluirSe você, governo INCOMPTENTE, não pode resolver o problema, torne-o legal.
Drogas sempre existiram, abortos sempre foram feitos, sempre houve, HÁ e haverá políticos CANALHAS, e por aí vái...
O que devemos é COMBATER o mal e não legaliza-lo.
Se o grupo detentor do poder hoje (esquerda) não tem COMPETÊNCIA para agir, que tire da reta e deixe os COMPETENTES agirem.
Mas, no fundo, os mesmos que querem a "redução de danos" são os primeiros a se beneficiarem de uma suposta legalização. Legislam em causa própria. Que pena! Que país...
Symon di Carlo
Foz do Iguaçu - Pr