De um lado, a presidente Dilma Rousseff dá posse ao novo ministro da Defesa, Celso Amorim, dizendo que ele é o “homem certo no lugar certo”. Bem, na opinião dos militares, ele ainda terá que mostrar a que veio, porque capacidade e experiência para isso ele não tem. Pode conquistar a caserna. Já do outro lado, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, voltou a dar explicações sobre as denúncias que atingem sua pasta. Diz estar prestigiado pela presidente. Imagina são não estivesse? A própria Dilma fez questão de dizer que o governo confia no ministro peemedebista, assim como fez com Dirceu, Erenice, Palocci etc. Depois de toda a confusão no PR, comprar outra briga, ainda mais com o maior partido da base aliada, tirando o PT. Melhor é pôr água na fervura e tentar frear as denúncias contra o governo. Tá, bom...
O problema é controlar a zona, entre os próprios aliados. Wagner Rossi diz que não é homem “de teorias conspiratórias”, mas emendou: “Quem conhece a administração pública sabe que às vezes você muda a equipe, e a equipe anterior e a atual se hostilizam, por debaixo do pano. Isso acontece”. É, acontece mesmo, mas o telhado de vidro tem que existir para dar munição aos que ficaram insatisfeitos. Como o PR, que, até hoje, não engoliu o modo como o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) foi afastado do Ministério dos Transportes. A briga por lá e no Dnit continua. Até os técnicos escalados interinamente gostaram dos cargos e querem ficar. Até greve pediram aos colegas para ameaçar.
O fato é que a presidente Dilma Rousseff está mais à vontade para lidar com os porque sabe que a vaca vai pro brejo. A crise no governo não afetou a sua popularidade, abaixo de 48%. Como se mostrou implacável em outras ocasiões, pode aliviar um pouco agora para não criar novas crises com os partidos. Além disso, tem uma crise econômica mundial para cuidar. Ah! Mas, isso é uma marolinha na bundinha dos brasileiros...
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