O deputado Pedro Novaes (PMDB-AP) encerrou seu tour pelo Ministério do Turismo. Depois do roteiro gastronômico de sua governanta paga pela Câmara dos Deputados e por uma empresa terceirizada desde que ele assumiu a pasta para produzir banquetes em sua casa, não resistiu à nova denúncia de que também o motorista, que levava sua mulher a pontos turísticos de Brasília, como salões de beleza, shoppings e lojas de marca, era remunerado com dinheiro público.
Sem contar outras viagens de recursos federais que tinham como destino sua base eleitoral e empresas que não prestavam contas e nem eram fiscalizadas. Dessa vez, a agência turística não resistiu ao Procon da presidente Dilma Rousseff. Novaes bem que tentou resistir, mas Dilma é implacável em situações insustentáveis. Novais perdeu faz tempo o voo que o manteria no governo.
É o quinto ministro que deixa o governo. Em pouco mais de nove meses, Dilma se viu livre de algumas heranças malditas que recebeu. O primeiro a cair foi aquele que era apontado como o todo-poderoso de sua equipe. Antonio Palocci e sua empresa de consultoria foram alijados da Casa Civil. Depois foi o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) que viu seu trem descarrilar do Ministério dos Transportes e teve que embarcar em voo curto de avião de volta para o Senado. Em seguida veio o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que resolveu partir para o ataque contra a própria presidente. Parecia mesmo que queria ser abatido do cargo. Não demorou muito para o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, virar o abacaxi a ser descascado no Palácio do Planalto. Dilma também não permitiu que as denúncias contra ele dessem duas safras. Usou o jatinho de uma empresa de agronegócios e caiu de podre.
A presidente Dilma mostra que não seguir o roteiro correto, fazer consultas a preços de ouro, derrapar na estrada do bom uso do dinheiro público, atirar em quem viu e acertar em quem não viu e plantar sem colher é demissão na certa.
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