Não deu para despistar. Para bom entendedor, frases inteiras da presidente Dilma Rousseff demonstram o seu desconforto por ter sido atropelada com a instalação da CPI do Cachoeira no Congresso. Em suas primeiras manifestações sobre a investigação que começa na semana que vem, Dilma despistou: “A CPI é algo afeito ao Congresso. O governo federal terá uma posição absolutamente de respeito ao Congresso nessa área”. Se foi pouco, outros sinais ainda mais claros foram emitidos pela presidente: “Acho que todas as coisas têm que ser apuradas, mas não me manifesto sobre a CPI. Eu não me manifesto sobre outro poder, de maneira alguma”. Aliás, a questão de outro poder foi a tônica de suas declarações sobre a CPI. Quando indagada se a investigação seria mesmo necessária, mais uma vez escapuliu. Avisou, de novo, que não iria interferir em questão de outro poder.
A presidente não está satisfeita com a turbulência política que a CPI pode causar. Não é para menos. Ela navega em céu de brigadeiro de sua popularidade recorde, por que iria querer arranjar confusão logo agora? O problema é que Dilma não poderia interferir diretamente. A investigação foi planejada e coordenada pelo próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como trombar de frente com seu guru político? O jeito é engolir em seco e tocar o barco, torcendo para que a situação não se deteriore muito.
O curioso é que nas redes sociais a CPI ainda não caiu no gosto popular. O que não aconteceu com a crise institucional enfrentada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com ministros fazendo críticas e ataques públicas a colegas. A confusão dos magistrados da mais alta corte do país mereceu muito mais atenção no Twitter do que os crimes de Carlinhos Cachoeira. Mas é questão de tempo. Se a CPI aprofundar as investigações vão aparecer mais escândalos. Afinal, Lula não iria bancar uma atitude dessa se não tivesse inside informations (informações privilegiadas). É só esperar para crer.
O curioso é que nas redes sociais a CPI ainda não caiu no gosto popular. O que não aconteceu com a crise institucional enfrentada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com ministros fazendo críticas e ataques públicas a colegas. A confusão dos magistrados da mais alta corte do país mereceu muito mais atenção no Twitter do que os crimes de Carlinhos Cachoeira. Mas é questão de tempo. Se a CPI aprofundar as investigações vão aparecer mais escândalos. Afinal, Lula não iria bancar uma atitude dessa se não tivesse inside informations (informações privilegiadas). É só esperar para crer.
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