Era a crônica da carestia anunciada. Está explicada a guerra que o
ministro da Fazenda, Guido Mantega, trava com a Petrobras, por causa do
aumento dos combustíveis. Em público, diga-se de passagem. Os números
não mentem e a verdade é que os da inflação de janeiro trazem a grande
verdade. O dragão da inflação ronda a meta estabelecida pelo Banco
Central e atingiu 0,86% em janeiro. Com isso, em 12 meses, ela acumula
6,15% e joga a meta oficial para as cucuias. Nas explicações da equipe
econômica, cigarros e alimentos foram os grandes vilões. Imagine se
entra também a gasolina, o álcool e o diesel! É combustível para
aumentos ainda maiores, principalmente se vierem de ônibus, que vão dar
margem a pedidos de reajuste das tarifas.
Não é à toa que começam as conversas sobre eventual mudança na equipe econômica. O problema é que nomes buscar. Não há um candidato pronto e acabado para enfrentar o que é, pelo menos, o início de uma crise. Não é à toa que a oposição está fazendo exercícios com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que é economista, para tratar do assunto. Ele já esteve com Edmar Bacha, Pérsio Arida e André Lara Rezende, esses dois últimos os mentores do Plano Real na época do governo Fernando Henrique Cardoso, que, aliás, foi quem marcou os encontros de Aécio com seus ex-auxiliares.
É o momento da oposição se impor - quanto pior, melhor. A suposta aprovação popular, de Dilma, como indicam as pesquisas de opinião pública, pode ir para o ralo abaixo. O fato é que a economia influi. É o futuro do país e da qualidade de vida da nova classe média que está em jogo.
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