A derrubada do veto dos royalties do petróleo está na mesa da presidente
Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Se preferir lavar as mãos, perde
o prazo e caberá ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros
(PMDB-AL), promulgá-la. E depois ainda vem a briga do Rio de Janeiro,
Espírito Santo e até de São Paulo no Supremo Tribunal Federal (STF). É
novela que ainda vai durar muito tempo. Mas faz parte do jogo. Os
estados não produtores fizeram a sua parte e os que perdem têm o direito
de espernear. E está tudo no tempo certo.
O que não está no tempo certo é a precipitação da campanha eleitoral para a Presidência da República do ano que vem. O PDT é a bola da vez. Primeiro, depois de defenestrado do Ministério do Trabalho, o presidente da legenda, Carlos Lupi, foi reabilitado pela própria presidente Dilma Rousseff, que o chamou para uma conversa no palácio. Lupi foi, mas mantém as pernas em várias canoas. O partido já fala até em indicar o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) como candidato a vice na chapa do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O deputado Paulinho Pereira da Silva quer levar o socialista a evento da Força Sindical, que preside. Pedetistas também mantêm o telefone aberto para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que, por enquanto, só observa os movimentos.
O PT já reeditou a sua caravana e pôs o pé na estrada. Com Lula e companhia e, sempre que for possível, também Dilma no palanque, comemora os seus 10 anos de poder e 33 anos de fundação. Também está no jogo antecipado. Repete a tática que Lula usou com Dilma em 2009, mas naquela época era preciso fazer com que ela ficasse mais conhecida. Dará certo de novo? Só o tempo e a economia dirão.
Por falar em tempo, quem corre contra ele é a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva para montar a sua Rede de Sustentabilidade, a legenda que pretende criar para – não dá para resistir ao trocadilho – sustentar a sua candidatura à Presidência. O jogo já começou.
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