Vários analistas políticos têm classificado os últimos
acontecimentos no Congresso como o “terceiro turno” das eleições
presidenciais deste ano. Talvez a melhor expressão, no entanto, seja
“faca no pescoço” da presidente Dilma Rousseff (PT). Ou ainda “vinganças
pessoais” por causa de falta de apoio ou de traição mesmo contra alguns
candidatos, em especial o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN). Melhor: estão em curso as três coisas. O
Palácio do Planalto que se cuide.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mesmo com a vitória de Renan Filho (PMDB) para o governo de Alagoas, também dá sinais de que pretende pressionar o Palácio do Planalto. Depois da derrubada do decreto da Política Nacional de Participação Social, xodó dos petistas, ele foi claro e objetivo: é muito difícil que o Senado rejeite o que foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Sinal de indisciplina, ou é revolta mesmo?
A convocação de ministros é outra estratégia que a oposição está usando, sem que a base governista tente evitar, à exceção do PT, que, sozinho, não tem força suficiente para barrar. E terá menos ainda no ano que vem, já que viu sua bancada na Câmara dos Deputados reduzida significativamente.
Toda esta movimentação da base governista, no entanto, não passa de um jogo de cartas. Os caciques peemedebistas estão querendo engordar o cacife para jogar as fichas na mesa de negociações de cargos, em especial, os ministérios. O PMDB já avisou que não vai aceitar os periféricos, quer alguns dos mais importantes e que tenham os orçamentos maiores.
A presidente Dilma já pressentiu o perigo e pôs em ação o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT). E ele terá que gastar muita saliva para convencer os próprios “aliados”.
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