Nos áureos tempos em que a esquerda governava, o roubo corria solto - não há o que contestar!
Por outro lado, tínhamos ministros apostos e os hospitais públicos, por exemplo, funcionavam. Não havia pandemia, mas morria muita gente de outras doenças que hoje morrem em casa por falta de leitos, vide o câncer etc.
Atualmente, UPA e nada, é a mesma coisa...
Em 2008 eu tive um infarto e fui para o hospital Pró-Cardíaco conhecido por ser o melhor hospital no tratamento de doenças do coração aqui no RJ. Mesmo tendo seguro saúde, não gostei, e fui transferido para o Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras. Me senti no Albert Einstein de SP!
Depois de 10 anos de administração do Dr. e professor Carlos Scherr, o seu legado foi deixado para o PT, e o PT soube manter a excelência deixada por Scherr.
Um hospital amplo, claro e com uma grande abundância de todos os insumos necessários a um CTI. Se isso era sinal de superfaturamento eu não sei, o que eu sei é que fiquei impressionado com o tratamento recebido.
Fui operado, por uma excelente equipe de médicos, coloquei uma safena e uma mamária e já faz 12 anos que vivo sem sentir nada.
Hoje o Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras está um horror. Os milicos ferraram com o hospital! Eu estive lá recentemente e não acreditei.
Outra coisa que costumo dizer sobre as mudanças da esquerda para a direita. A galera da esquerda, não se preocupava seu eu era da direita, do centro do céu ou do inferno. Refiro-me aqui no Face. Já a direita, é agressiva, prepotente, agride, principalmente se for mulher. Umas dondocas mal amadas, metidas a intelectuais, escrevem tudo errado e querem impor suas idéias. Enfim, o equilíbrio está no meio e não nos extremos.
Por isso adoro a Rede Globo porque os extremistas odeiam a emissora.
Mas no Brasil a palavra esquerda perdeu todo o sentido quando o PT se rendeu à “governabilidade”. As alianças mais absurdas foram criadas. Políticos notadamente de extrema-direita aliaram-se a outros da esquerda. Alianças móveis que dependiam da votação de projetos, cargos e, segundo tantas delações, muita grana.
A política de alianças já existia havia muito tempo. Partidos de esquerda muitas vezes se ligaram a políticos de direita, na esperança de um vislumbre de poder. Mas nunca antes neste país isso se tornou o pilar da governabilidade como foi no PT e agora está voltando.
Políticos de todos os matizes se ligaram. Com uma digna exceção: o PSOL. Gostem ou não, manteve sua integridade. A ponto da Lhama cuspideira, o deputado Jean Wyllys cuspir em Bolsonaro quando este elogiou um torturador no impeachment de Dilma.
Os partidos não têm projetos claros. Não sabemos se de fato são de esquerda, direita ou centro. Em minha opinião, a maioria segue o modelo do eu sozinho. O político faz tudo para se eleger. Acaricia com promessas. Eleito, não pensa mais nisso. Pensa, sim, no que é melhor para ele. Um cargo para o amigo? Uma obra feita por uma grande empreiteira etc.?
Fato: o eleitor foi só um meio de chegar até lá. Chegou, vamos tratar da vida, botar uma grana lá fora. Nem esquerda nem direita gostam de fazer esgoto. Por quê? Não se veem os canos. Que propaganda pode-se fazer de uma obra subterrânea? Agora, gritar contra exposições, pretensamente defender a infância, censurar o sexo alheio. Isso, sim, dá votos.
Só que ninguém fala numa coisa. Enquanto os políticos fazem alianças, jogando aos ares os projetos de gestão do país, outra força toma conta. Vamos encarar a realidade. Em quantas áreas do país a polícia não consegue entrar? Na Rocinha, no Rio de Janeiro, até com intervenção militar, continua o tiroteio.
Quero ver a polícia se impor, quem sabe, em Paraisópolis, em São Paulo. Há campos de plantação de maconha mais ao Nordeste, segundo soube. Áreas imensas que na prática não pertencem ao Estado brasileiro.
Seus habitantes obedecem a outras leis, rígidas. Pagam outros impostos na forma de preços maiores para o gás, por exemplo. Mas têm a proteção que o Estado não dá. Alguém se portou errado? Tiro. Alguém agrediu quem não devia? Morte. Há uma lei a ser seguida.
Áreas inteiras do país, até em lugares nobres, pertencem a organizações como o PCC, Comando Vermelho. E todo mundo diz:
– É bandido.
Não é não. Seria impossível que eles se estabelecessem com tal segurança sem o apoio de políticos. Inclusive porque há, sim, os que são eleitos com o dinheiro do tráfico e da milícia!
Olhe para a frente. Que futuro se desenha para o país? Quando partes, mesmo pequenas daqui, não são dominadas pelo Estado, o que vem pela frente? Juro.
Prefiro nem pensar.
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