O financiamento público de campanha ainda é uma ideia, pelo menos oficialmente. Só que, na prática, já existe. Agora é possível entender por que os partidos, especialmente PT e PSDB, foram tão rápidos no gatilho na hora de assumir as dívidas das campanhas presidenciais de Dilma Rousseff e José Serra. Uma bagatela de R$ 25 milhões, no caso da petista, e de cerca de R$ 10 milhões, no débito tucano. Quem vai pagar a conta? O pobre do contribuinte, que amarga uma das maiores cargas tributárias de todo o mundo e não tem a reciprocidade que merece na prestação dos serviços públicos. Como? Pelo Orçamento da União aprovado no Congresso.
No projeto enviado pelo Tribunal Superior Eleitoral havia uma previsão de R$ 200 milhões para compor o fundo partidário, que é dividido entre as legendas proporcionalmente ao tamanho das bancadas na Câmara dos Deputados (95% por este critério e 5% divididos por todos os partidos, sem distinção do porte). Só que, na tramitação no Congresso, o fundo ganhou um aporte. Uma bagatela de R$ 100 milhões. É isso mesmo, 50% de reajuste. A proposta não tem pai nem mãe. Relatora do Orçamento no Congresso, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) preferiu uma porta de saída, na base do quando eu cheguei já estava assim. Disse que o valor já estava estabelecido, quando assumiu a relatoria da proposta, depois que denúncias derrubaram Gim Argello (PTB-DF) e Ideli Salvati (PT-SC) foi indicada ministra de Pesca e Apicultura.
Com isso, os brasileiros vão pagar as contas do que os partidos gastaram a mais do que arrecadaram, porque o empresariado está aprendendo e pôs o pé no freio nas doações no ano passado. Sem a grana do setor privado, os políticos estatizaram suas dívidas. A conta ficou para você.
Parabéns pelo seu blog.
ResponderExcluiragora entendi:Com isso, otário, quem paga a conta é você!