Moradores do Aglomerado da Serra, conjunto de favelas localizado na zona sul de Belo Horizonte, entraram em confronto com policiais militares na noite deste domingo (20) e atiraram pedras em viaturas e em policiais, além de terem ateado fogo em um ônibus. O embate ocorreu após a morte de dois homens, ocorrida na madrugada do último sábado, durante troca de tiros com a polícia.
De acordo com a assessoria da Polícia Militar, foi preciso a utilização de balas de borracha e bombas de efeito moral para dispersar o grupo de manifestantes. Após o confronto da noite de ontem, algumas pessoas foram presas e outras ficaram feridas, mas a assessoria ainda está fazendo levantamento das ocorrências.
Segundo a PM, na ação que resultou na morte dos dois homens, que eram filho e irmão de um policial militar, os policiais faziam patrulhamento de rotina quando foram recebidos a tiros por aproximadamente 20 homens que estavam na Vila Marçola, que faz parte do aglomerado. Houve troca de tiros e um policial foi ferido, mas não corre risco de morrer.
Ainda de acordo com a polícia, após o tiroteio a dupla foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Está sendo apurado se algum deles estava vestido com fardas da corporação. A assessoria da PM informou que moradores alegaram que as duas vítimas não tinham relação com tráfico de drogas e que a corregedoria da polícia vai investigar o caso.
Desde então, dois ônibus foram queimados ainda no sábado, como forma de protesto. Um homem chegou a ser preso suspeito de ter ateado fogo em um dos veículos. Os corpos dos dois homens foram velados e enterrados neste domingo em um cemitério da capital mineira. Uma multidão compareceu ao local.
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