Ao abrir o jornal OGLOBO de hoje, me deparei em "Dos Leitores" com a seguinte carta de um solítário desembargador do TJRJ. Fiquei com pena, e resovi escrever!
Desembargador Luiz Fellipe da Silva Haddad do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro |
Desembargador;
Acredito que o senhor deve ser um profissional correto e honesto, senão não chamaria para si próprio a responsabilidade de, sozinho, defender sua Instituição.Ocorre que, na minha opinião, o doutor faz parte de uma minoria. Tanto é verdade que o Poder Judiciário encontra-se na rabeira de todas as pesquisas. Tantos são os escandalos, desmandos e incoerências dentro do judiciário, que ninguém mais acredita na Justiça. A criação do Conselho Nacional de Justiça foi a mais transparente prova de que alguma coisa tinha que ser feito. Pena que o CNJ entrou de folga no feriadão...
Quando o senhor diz que "mazelas existem em todas as profissões", o próprio juiz reconhece a existência de uma mancha na reputação do Poder Judiciário, e nesse caso, Excia., o único poder que não poderia ter qualquer tipo de "enfermidade" deveria ser o judiciário.
Vou dar o meu próprio exemplo para que o desembargador entenda melhor minhas palavras.Veja o que eu estou passando com um colega seu - inacreditável! Leia http://bit.ly/i5Kw1k. Levei a questão para o Presidente Zveiter, que passou o caso para o corregedor Murilo Kieling. Falei também com o desembargador Luíz Felipe Francisco - um cavalheiro! - mas, o fato é que o juiz Mauro Nicolau já passou há muito dos limites, e a Instituição não move um dedo para colocá-lo em seu devido lugar. Agora vou recorrer à Comissão dos Direitos Humanos da ALERJ, ABI etc.
Quando o senhor também diz que "o trabalho de um juiz não se limita aos fóruns, mas prossegue nos lares..." novamente, V.Excia. tem toda razão. O juiz Mauro Nicolau usou seu i-Phone, de seu lar, para avacalhar com minha imagem, e pior, usando o email do TJRJ.
Na verdade, Dr. Luiz Felipe, acho que quando um magistrado se comporta dessa maneira, é porque ele é o reflexo de uma situação de total desgoverno dentro do Poder Judiciário, ou seja, ele sequer acredita naquilo que ele prega, e fere o princípio da moralidade administrativa. Por sua vez o Dr. Nicolau também não dá a mínima em expor negativamente a estrutura da Justiça. Isso significa que estamos diante de um Estado IMORAL, ou não?
Ora, se a cidadania lê nas atitudes do Poder Judiciário, atitudes incovenientes ao decoro e antiéticas, pode estar certo de que elas, de fato, o são e daí fica difícil defender o indefensável - ainda que o TJRJ, em peso, escreva para "Cartas do Leitor"...
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