A irresponsabilidade na concessão de crédito durante os últimos dez anos foi gigantesca e generalizada. Quase todas as economias desenvolvidas caíram na cilada do crédito que ceifou pelo menos 35 milhões de empregos ao redor do globo. Pois bem : a evidência de que Portugal poderia entrar em colapso de crédito agita os mercados e a moeda europeia. O país terá de ser socorrido. A Espanha possivelmente também. A Itália, quem sabe? Assim como a América Latina dos anos 80, as peças caem uma a uma. O pior é que as perspectivas de médio prazo para o Velho Continente persistem temerosas: a demografia, a imigração, a falta de produtividade e o desinteresse político dão evidências de que o que se imaginava ser o ápice da civilização está meio esclerosado. Apostar no euro e nas empresas europeias é uma aposta e tanto: cheia de riscos e retorno muito incerto.
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