Por Patrick Granja
Na última sexta-feira, agentes da prefeitura voltaram ao Largo do Campinho com um aparato de guerra para remover uma parte dos moradores. Apesar de terem aceitado a ínfima indenização oferecida pela prefeitura, moradores sofreram inúmeros abusos durante a ação. Muitos deles tiveram seus estabelecimentos comerciais invadidos e outros foram incluidos no trajeto das remoções em cima da hora. Revoltados, moradores se queixaram com os agentes responsáveis pela remoção, mas não foram ouvidos.
Depois de muita resistência, com protestos radicalizados, moradores do Largo do Campinho conseguiram forçar a prefeitura a negociar. Contudo, mesmo após um acordo unilateral, uma imposição às famílias removidas, a prefeitura não abriu mão de sua prática comum nas favelas do Rio. Quando nossa equipe deixou o local, famílias que ainda não haviam sido pagas estavam desesperadas, na chuva, sem outra opção que não dormir na rua.
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