Representantes de movimentos de igualdade racial e em defesa de minorias começam a cobrar da presidente eleita cargos na Esplanada e reivindicam inclusão de políticas específicas
Integrantes do movimento em defesa da mulher negra resolveram declarar que querem uma fatia do poder público a partir de 2011. "Nós somos maioria, queremos representatividade não só no Ministério do Esporte e em secretarias especiais. Queremos ministras negras. Até porque a questão da mulher negra é muito mais grave do que a do homem negro. A sociedade nos colocou num lugar que não é nosso", diz uma das coordenadoras do Fórum Nacional de Mulheres Negras (FNMN), da Bahia, Gicélia Cruz.
Ela engrossa o coro liderado pelo presidente da ONG Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), frei David Santos. Na segunda-feira, ele encaminhou uma carta à presidente eleita em que defende uma cota de 30% de negros na equipe ministerial. O frade ainda não recebeu resposta e acha que isso talvez não aconteça tão cedo. "Entramos numa briga de foice. Todo mundo quer cargo", afirmou ele.
No Congresso Nacional, o pedido é considerado legítimo. Para a senadora Fátima Cleide (PT-RO), sem reclamação não há crescimento. "Acho que Dilma vai considerar cada um dos pedidos para composição do governo", afirmou. "É fundamental que esses movimentos sejam ouvidos", acrescentou o senador Gilvam Borges (PMDB-AP).
Entre os indígenas, mais do que representantes no alto escalão, o que preocupa é o silêncio de Dilma em relação a eles durante e após as eleições. "Não houve bom senso nem sensibilidade para lembrar o índio", reclamou o representante da Coordenação dos Povos Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Marcos Apurinã. No segundo turno, ele entregou aos candidatos à Presidência da República uma carta com as demandas dos índios. Entre eles, a aprovação do novo estatuto dos Povos Indígenas e do Projeto de Lei do Conselho Nacional e Política Indigenista. "Defendemos ainda a implementação de uma política educacional dentro das aldeias e uma saúde de qualidade", completou ele.
Uma outra fonte de dor de cabeça do dirigente diz respeito às grandes obras de infraestrutura tocadas pelo atual governo e que devem ser concluídas com Dilma. Segundo ele, nenhuma entidade ligada aos índios foi consultada sobre a construção das hidrelétricas de Jirau, no Rio Madeira (RO), que já está em andamento, e de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). "O governo fez vista grossa e nos empurrou goela abaixo essas obras. O Brasil quer ser de primeiro mundo sem levar em conta a voz das minorias", disse. Marcos Apurinã defende a permanência dos titulares da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Antônio Alves, e da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira. "O importante é que se dê continuidade aos trabalhos", afirmou ele.
Ao levantar a possibilidade de entregar a mulheres pelo menos 30% dos cargos na Esplanada, a presidente eleita, Dilma Rousseff, mal imaginava que abria uma brecha para reivindicação de representantes de movimentos de igualdade e em defesa de minorias. A Dilma, agora, cabe materializar na equipe a diversidade sexual e racial que defendeu ao longo da campanha. Para os afrodescendentes, é importante que membros da comunidade estejam em postos importantes. Diferentemente do que pensam representantes de índios e de gays, lésbicas e transgêneros. Se a petista conseguir criar políticas públicas sérias para esses segmentos, já está de bom tamanho.
Em tempo: teve uma indigenista @profmariarachel que durante a campanha, apareceu um milhão de vezes no twitter numa foto lado-a-lado com Dilma. É hora de Dilma reconhecer o trabalho da moça...
Ao levantar a possibilidade de entregar a mulheres pelo menos 30% dos cargos na Esplanada, a presidente eleita, Dilma Rousseff, mal imaginava que abria uma brecha para reivindicação de representantes de movimentos de igualdade e em defesa de minorias. A Dilma, agora, cabe materializar na equipe a diversidade sexual e racial que defendeu ao longo da campanha. Para os afrodescendentes, é importante que membros da comunidade estejam em postos importantes. Diferentemente do que pensam representantes de índios e de gays, lésbicas e transgêneros. Se a petista conseguir criar políticas públicas sérias para esses segmentos, já está de bom tamanho.
Em tempo: teve uma indigenista @profmariarachel que durante a campanha, apareceu um milhão de vezes no twitter numa foto lado-a-lado com Dilma. É hora de Dilma reconhecer o trabalho da moça...
Indio quer apito, senão o pau vai comer!!! kkkkkkkk
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