A camarada eleita Dilma |
É uma tática terrorista a adotada por Dilma para montar o seu ministério. Vaza um nome aqui, outro acolá e espera a reação da imprensa, do distinto público e, principalmente, dos partidos aliados. É o caso, por exemplo, do anúncio do ex-futuro ministro da Saúde, Sérgio Côrtes. O PMDB chiou. Disse que não era parte da cota do partido e o mundo quase veio abaixo. Resultado: espertamente, a própria Dilma teve que dizer que não havia convidado ninguém para o cargo. E o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), padrinho de Côrtes, veio a público dizer que se precipitou e que errou ao anunciar o próprio secretário como ministro. Foi ótimo ver o cabritinho pagar mico!
Agora entraram na linha de montagem os nomes de Edison Lobão, para o Ministério de Minas e Energia, e de Wagner Rossi, para continuar à frente da pasta de Agricultura. As nomeações podem sair oficialmente hoje, se nada desabonador aparecer em relação a eles. Também podem ser anunciados os ministros de casa, Antonio Palocci, que ficará com a Casa Civil, cargo que era de Dilma no governo Lula, e Gilberto Carvalho na Secretaria-Geral da Presidência, cargo que é do mineiro Luiz Dulci, que preferiu voltar para seus livros em Belo Horizonte. Até uma pequena reforma na casa em Minas ele fez.
A conta-gotas, Dilma vai, aos poucos, destilando sua tática terrorista e definindo a sua equipe. Mas a parte mais árida ainda está por vir, que é atender os pleitos dos partidos, que sempre pedem mais do que ela tem a oferecer. É o jogo do poder mais claro. Os estilos é que são diferentes. O PP, por exemplo, prefere manobrar nos bastidores - bambas no assunto. O PMDB fingido faz a guerra em público. Na ideia do blocão, o PP puxou o tapete do PMDB. Na batalha final do ministério, quem vencerá?Depende do preço!
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