É grave, muito grave a crise na zona do euro. Isso ficou claro na reunião do G20, que terminou ontem sem enxergar uma luz no fim do túnel, a menos que seja uma locomotiva vindo em sentido contrário. E acabou com fatos inusitados. Entre eles, o de que entre as economias mais sustentáveis no momento não estão os tradicionais gigantes, como os Estados Unidos, mas emergentes, como China, Brasil e até a Indonésia. Quem diria? É claro que, no fim do encontro, houve tradicionais apertos de mãos e sorrisos, mas é tudo da boca para fora. De nada adiantou reunir os principais líderes políticos mundiais. A solução ainda não apareceu.
A presidente Dilma Rousseff chegou a falar em “sucesso relativo”. Também é da boca para fora. Tanto que ela aproveitou o que seria inimaginável décadas atrás. Sobre a possibilidade de ajuda aos países europeus que estão em maiores dificuldades, Dilma sugeriu o que vários deles faziam com o Brasil: procurem o Fundo Monetário Internacional (FMI)!”. Só faltava essa. Daqui a pouco, o PSTU vai querer montar uma filial na Europa só para sair pelas fachadas históricas pichando as muralhas históricas : “Fora FMI”. Haja spray de tinta.
Na verdade, ainda há um longo caminho a ser percorrido e a situação parece mesmo ser grave. O Brasil tem espaço em seu mercado interno para continuar em ritmo de crescimento, ainda que menor. Mas não pode se descuidar e precisa participar efetivamente da busca de uma solução global. Certo é que, embora a economia inspire muitos cuidados, na política internacional o Brasil consolida cada vez mais o papel de um dos novos líderes mundiais. Entrou nesse circuito por causa do carisma do ex-presidente Lula, aquele que Barack Obama dizia ser “o cara”, mas caminha "capengando" com as próprias pernas depois que as portas foram abertas.
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