Lembre-se que, na crise de 2008, o país suportou o trauma com muito consumo interno. Esta foi a receita de Lula. Que deu certo. E agora? Teremos grana para continuar a consumir a torto e a direito. O ministro Guido Mantega começa a bater na tecla: o consumidor deve ter cuidado. Precisa controlar o consumo. Poupar. Fazer reservas para enfrentar tempos de vacas magras. Portanto, a alternativa para enfrentar a crise, pelo que se infere, já não comporta os mesmos ingredientes do passado. Mesmo assim, as perspectivas apontam para um país que não sofrerá tanto quanto outros os danos irreparáveis de um tsunami.
Porém...
Menos dinheiro no bolso poderá significar estômago mais apertado. Sensação de fome. Que causa raiva, indignação, contrariedade. Vamos aos que interessa: o caminho do voto. E a rota é esta: o voto entra pelo bolso, espalha-se pelo estômago em forma de alimento para sustentar o corpo, sobe ao coração (quando gera emoção) e, por último, pega o elevador para chegar à cabeça. O coração dará um voto de agradecimento quando o bolso puder pagar a conta do alimento. Ou dará uma banana de repulsa a certos candidatos quando o bolso estiver vazio. Este processo se consolida no estágio da cabeça, quando o eleitor disseca todas as possibilidades, analisa, julga, e acaba tomando a decisão (racional) de votar em quem representará sua esperança.
Não podemos esquecer de que em época de campanha muitos candidatos saem distribuindo cestas básicas e até dinheiro em troca de votos... Agora entendi, depois dessa brilhante explanação do Eduardo sobre a rota do voto em nosso organismo...
ResponderExcluirabs
O porém é ótimo, uma análise bem construída sobre o caminho do voto.
ResponderExcluirA crise, dessa vez nos atingirá, primeiro porque muitos ou melhor milhões ainda pagam pelo consumo de 2008/2009, e portanto o poder de endividamento do brasileiro esta muito reduzido, precisa-se pagar o que gastou. Partindo desta premissa ficará difícil imaginar um Brasil com fôlego para superar uma crise, que dessa vez não irá durar apenas uma ano e meio, mas que irá durar provavelmente cinco anos, esta é a perspectiva do mercado atualmente. A recessão chegará ao Brasil, salvo, claro, se tudo o que esta no papel para acontecer (copa e olimpíadas),aconteça, más ainda assim, isso irá apenas amenizar o inevitável. Nos resta dentro do cenário atual torcer para a, embora, remota possibilidade de uma depressão não acontecer.
CARO EDUARDO
ResponderExcluirENQUANTO O CIDADÃO BRASILEIRO, ELEITOR, CONTINUAR ALIENADO A TUDO QUE ENVOLVE A GOVERNANÇA DESTE PAÍS SERÁ LEVADO PELAS BENESSES E PROMESSAS DAS CAMPANHAS ELEITORAIS QUE, DIGA-SE DE PASSAGEM, MILIONÁRIAS TRANSMITINDO INDIRETAMENTE QUE O POVO TERÁ TUDO AQUILO QUE DESEJA.
Marisa Cruz